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Análise de microscopia de lodos ativados: como aprender em três passos? - Genetica Bioscience
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Análise de microscopia de lodos ativados: como aprender em três passos?

A análise de microscopia aplicada a matrizes de lodos ativados é uma ferramenta necessária para compreender as características do efluente, identificar a causa raiz de problemas operacionais e avaliar as condições atuais do sistema de tratamento.

Neste artigo você aprenderá os três principais passos para a execução de uma análise microscópica de qualidade. Com essas informações, será possível obter uma conclusão robusta sobre a situação atual do sistema.

Passo 1 – Análise dos Flocos Formados

Posicione a lâmina preparada com amostra na mesa do microscópio e opte pela utilização de objetivadas de 10x ou 20x para a análise da qualidade flocular. O primeiro passo consiste em avaliar as características dos flocos.

  • Forma: Arredondada ou Irregular.
  • Resistência: Firme ou Fraca.
  • Estrutura: Compacta ou aberta.

Para avaliar a resistência das estruturas realize o teste da caneta, aplicando uma pequena pressão com a ponta da caneta sobre a lamínula. Os flocos classificados com resistência firme permaneceram com o formato da estrutura inicial sem se desmanchar.

Neste passo, tente identificar se existe algum possível problema de formação flocular, que podem incluir:

  • Situação de Crescimento Disperso: Excesso de bactérias livres em solução com a formação de pequenos aglomerados de células.
  • Bulking Filamentoso: Excesso de bactérias filamentosas se estendendo para fora do floco e/ou abrindo a estrutura.
  • Pin Floc: Flocos de pequenas dimensões que sofreram cisalhamento mecânico.


Microfotografia de um floco ideal: forma arredondada, resistência firme e estrutura compacta. Microscopia de contraste de fase e ampliação de 100x.


Passo 2 – Análise da Microfauna

Nesta etapa, é realizada a identificação e quantificação da microfauna, que inclui diversos grupos de microrganismos, como:

  • Protozoários: Flagelados, amebas, tecamebas, ciliados predadores de flocos, ciliados fixos, ciliados carnívoros e ciliados livres natantes;
  • Micrometazoários: Rotíferos, Tardígrados, Anelídeos e Nematoides.

Utilize uma objetiva de 40x para melhor observação e correta identificação dos grupos de microrganismos. Durante esta análise, observe quais grupos predominam na amostra analisada e realize uma contagem de cada grupo identificado, percorrendo com a objetiva toda a área da lamínula.

Quanto maior a diversidade e a população ativa de microrganismos, mais saudável será a microbiota.


Microfotografia de ciliados livres-natantes. Microscopia de contraste de fase e ampliação de 400x.


Além disso, o surgimento de grupos específicos de organismos conforme o tipo de alimentação, pode auxiliar na determinação aproximada da idade de lodo através do diagrama de predominância relativa.

Por exemplo, os flagelados se alimentam apenas de nutrientes dissolvidos, grande quantidade de flagelados pode indicar idade de lodo jovem e/ou um sistema altamente perturbado.


Diagrama de Predominância Relativa.

Fonte: Class, 2007.


Passo 3 – Análise de Bactérias Filamentosas

O último passo é a avaliação das bactérias filamentosas. A identificação e quantidade destes filamentos influencia diretamente na capacidade de decantação do lodo e na formação de espuma. Quando presentes em quantidades adequadas, as bactérias filamentosas contribuem positivamente para a redução de DQO e na formação da estrutura flocular, conferindo tamanho e rigidez.

Por outro lado, a proliferação excessiva dessas bactérias compromete a densidade dos flocos, resultando em menor capacidade de sedimentação. Nesses casos, o lodo torna-se volumoso, leve e intumescido, o que prejudica sua separação no decantador secundário e pode causar arraste de sólidos.

Para a identificação do gênero das bactérias filamentosas, recomenda-se o uso de técnicas complementares, como as colorações de Gram e Neisser, além da análise morfológica – incluindo o diâmetro e o formato das células. Essas informações, em conjunto, permitem uma identificação mais precisa com o auxílio de uma chave dicotômica específica.

A observação deve ser realizada utilizando objetiva de imersão com aumento de 100x e aplicação de óleo de imersão. Com base na morfologia observada, proceda com a classificação da quantidade de filamentos por floco, conforme a escala descrita abaixo:

GRAU 1 – Raro 1 a 4 filamentos por floco

GRAU 2 – Bastante comum 5 – 20 filamentos por floco

GRAU 3 – Abundante 21 – 50 filamentos por floco

GRAU 4 – Excessivo >50 filamentos por floco


Chave dicotômica.


Microfotografia de bactéria filamentosa com morfologia semelhante ao gênero Nocardia. Microscopia de contraste de fase e ampliação de 1000x.


Observar, interpretar e agir com base no que vemos ao microscópio transforma dados visuais em decisões estratégicas para a operação. Se quiser saber mais sobre como implementar essa prática de forma eficaz na sua estação ou operação, entre em contato com a Genetica, teremos prazer em ajudar sua equipe a enxergar o processo com outros olhos!

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Microscopia

Lodos ativados